sexta-feira, 16 de agosto de 2013

ERA Z - DIA 12

Blumenau, 16 de agosto de 2013

14:44 - Hoje pela manhã encontrarem dois sobreviventes do massacre que ocorreu em Criciúma, um deles está bem ferido e está sendo tratado dentro do exército mesmo, o outro está em estado de choque e até o momento não falou uma palavra. Os dois já se encontram em Blumenau e vão ser interrogados essa tarde, assim que eu souber de algo repasso a vocês.



19:28 - Agora pouco tive a triste notícia que meu amigo cabo estava entre os mortos de Criciúma. O sobrevivente que estava em choque conseguiu falar e contou detalhadamente o que ocorreu. Vou dar uma resumida:

Eles estavam todos lá em formação atrás das barricadas como na missão anterior, achando que viriam somente pela frente. Os infectados foram chegando aos poucos, um e outro que foram sendo abatidos facilmente pelos atiradores de elite que estavam dando cobertura a equipe. Dessa vez já sabiam que o tiro tinha que ser na cabeça, até então tudo tranquilo, estavam facilmente contendo os poucos infectados que vinham em sua direção. Quando de repente uma horda imensa foi se aproximando, granadas foram jogadas no meio da multidão e artilharia pesada começou a ser usada, parecia um formigueiro ele disse, quando mais infectados eles matavam mais apareciam, o primeiro pelotão foi forçado a recuar, tirando assim a principal defesa que eles tinham que eram as .50, quando o primeiro soldado foi abatido o pânico dominou todos, ninguém mais conseguia pensar em nada a não ser salvar a própria vida. Quando a ordem foi restituída conseguiram formar outra barricada, dessa vez com os blindados do exército, mas ai já era tarde de mais, havia cerca de 100 infectados para cada soldado e eles atacaram de todos os lados. (Não sei o que fez o exército pensar que eles viriam andando pela estrada e só por ela...) Os dois conseguiram fugir em um blindado e rodaram cerca de 50 km até acabar o combustível. O outro soldado, que estava supostamente doente, foi trazido na parte de trás do blindado já transformado, ordens superiores de trazer um deles para base.

Deve estar sendo mantido dentro de alguma ala isolada do quartel. Só de pensar que tem uma dessas coisas aqui do lado de casa é arrepiante. O que será que querem com ele? No mínimo estuda-lo ou quem sabe até tentar desenvolver uma vacina. O soldado afirmou também que o vírus evoluiu, cerca de um minuto depois que uma pessoa tem contato com algum fluido do infectado, sendo sangue ou saliva, ela já se transforma, isso foi um dos motivos que não conseguiram manter a barricada, imagine você cobrindo seu parceiro, quando do nada ele vira uma dessas coisas. Todos foram pegos de surpresa.

Depois de um relato desse eu consigo imaginar porque ele estava em choque. Agora noite será montado um perímetro de segurança aqui em Blumenau e creio que as pessoas serão encaminhadas para as Safe-Zones em seguida. Novamente o jornal local disse para estocarmos água e alimento e evitarmos sair de casa durante a noite, sem dar mais informações sobre o que está acontecendo. Será que esse é o plano do governo? Esconder da população o que está acontecendo em quanto tenta desesperadamente usar todos os recursos do exército para acabar com isso? Nossa presidente deve estar em algum local seguro essas horas. Se tiver algum sobrevivente no Rio Grande do Sul entre em contato, não sei como estão os serviços básicos ai, mas creio que não devam mais estar ativos. Sem água, sem luz, sem telefone... Será esse o futuro do nosso país? Ou pior, do planeta? Amanhã faz um mês que isso começou e só agora resolveram usar de força extrema? Creio que não tenha mais volta. Se tivessem abatido o paciente zero ao invés de mantê-lo como rato de laboratório, nada disso teria acontecido! Não sei por quanto tempo teremos os serviços básicos disponíveis aqui em Blumenau, em quanto tiver estarei passando mais informações para vocês.

Decidimos continuar aqui em casa até segunda ordem e ir para o sítio apenas em últimos casos. Creio que logo será implantada lei marcial na cidade.

Boa noite a todos e aguentem firme!
Comentários
2 Comentários

2 comentários:

Unknown disse...
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Anônimo disse...

Ontem fui em um supermercado e percebi uma atmosfera muito estranha, poucas das geladeiras de lá estavam funcionando e aquelas que estavam tinham poucos suprimentos, prateleiras e mais prateleiras quase vazias, uma ala inteira vendendo papel higiênico (algo considerado quase desnecessário comparado com a comida) e algumas poucas marcas desconhecidas de leite e suco sendo vendidas, fora que metade dos caixas nao estavam em funcionamento e uma barragem imensa estava diante deles, com a 'desculpa' de que estão em reforma, o que é estranho tendo em vista que supermercados, necessários para suprir a população nunca entram em reforma. O mais estranho é que nao é um supermercado qualquer, daqueles de rua que estão entrando em falência; é uma rede muito grande. Seu nome? Carrefour, de São Paulo da Zona Leste, no shopping Anália Franco. Será que estão com medo de uma população enfurecida tentado enlouquecidamente estocar alimentos em sua casa, ou de algo maior? Será que estão usando a desculpa de uma reforma desnecessária para nao alarmar a população? Bom, isso só o tempo dirá...