09:57 - Os soldados que retornaram ontem para Blumenau tiveram até a meia noite de folga com a família, a meia noite em ponto todos deveriam voltar para o batalhão. Hoje de manhã foram convocados os militares da reserva a se apresentar no quartel, sem muitas informações, sei disso porque meu vizinho partiu para lá hoje cedo. Muitos sem saber o que está acontecendo estão indo, parece que depois das baixas que tiveram na fronteira o batalhão ficou sem contingente. Ontem durante a manhã fomos fazer uma ronda no bairro, o batalhão estava com o portão trancado e lá dentro uns 10 soldados sentados no corredor de acesso, pareciam estar esperando alguém.
Pelo que percebi o comércio continua normal, apenas aquela padaria perto de casa que mantém as portas fechadas. Por que? Será que ele sabe também do que nós sabemos? O dono é um senhor de idade, não conheço muito do seu passado mas pelas suas feições rústicas creio que ele deve ter enfrentado muitas dificuldades já.
Pelo que o cabo me falou um novo pelotão será enviado para Criciúma, em mais uma tentativa de manter os infectados longe do restante do país e dessa vez virão soldados de todo o Brasil. Criciúma está a 325km daqui, em uma marcha lenta em 6 dias devem estar chegando em Blumenau. Não sei ainda quantos infectados tem até o momento, mas se o estado do Rio Grande do Sul inteiro caiu, com 10,7 milhões de habitantes a situação está bem feia para o nosso lado.
Só nos resta esperar e confiar no exército. O grupo está todo aqui apreensivo para o desfecho dessa batalha. Se tiver alguém de Criciúma lendo, se prepare!