quarta-feira, 4 de setembro de 2013

ERA Z - DIA 31

Blumenau, 4 de setembro de 2013

08:56 - Na reunião de ontem decisões importantes foram tomadas, não sei se poderemos adiar muito a ida para o sítio, a casa está quase no seu limite já e nós também.

Ontem final da tarde resolvemos fazer uma busca por suprimentos nas casas da minha rua. Fomos em quatro, dois dando cobertura e dois abrindo caminho. Fomos primeiro na casa em frente da minha, onde havíamos enterrado os corpos, o deslocamento até ela foi fácil, havia apenas alguns infectados no final da rua que nem perceberam nossa presença. A casa estava aberta, parece que saíram as pressas e nem conseguiram trancar a porta da frente. Eu e o Raison entramos primeiro, é uma casa simples, de um pavimento, após fazermos uma varredura atrás de algum infectado constatamos que a casa estava limpa. Os dois que estavam na cobertura se posicionaram estrategicamente, um na janela ao lado da porta e o outro no portão da casa, tendo vista para os dois lados da rua. A dispensa estava praticamente vazia, apenas algumas latas de atum e milho, odeio milho, mas na situação atual não vou me dar o luxo de escolher alimento. A geladeira pelo contrário estava cheia, mas infelizmente devido a falta de luz estava tudo estragado, apenas conseguimos levar umas latinhas de cerveja e dois litros de água. Vasculhamos a casa também atrás de pilhas, baterias e qualquer outra coisa que pudesse via a ser útil e pior que não tinha nada, essa família estava totalmente despreparada para tudo.

Fomos em direção a casa do lado, estava trancada, decidimos deixar ela para outra hora, não estávamos tão desesperados assim a ponto de ter que arrombar a casa. A surpresa estava atrás da porta número 3 que estava semi aberta. Entrei primeiro novamente, com a balestra em mãos, como ela é pequena é ótima para locais apertados, imagine movimentar uma de 180 lb dentro de casa, sem chance. Assim que entrei já notei que a casa estava toda revidada, a mesa de centro estava estatelada num canto, sofá virado, televisão no chão, parece que ali foi palco de alguma luta. O esquema era para ser o mesmo, rodávamos a casa toda na busca de algum infectado e só depois faríamos a busca por suprimentos. Foi relaxo meu, fomos direto para a cozinha mexer nos armários, quando escutamos um barulho findo do quarto, nem bem virei o infectado já estava na porta da cozinha, quase em cima do Raison. Não ia arriscar o tiro, poderia acertar ele, sem pensar duas vezes corri na direção do infectado e com um chute no peito joguei ele no chão, daquela posição não poderia errar, o tiro foi certeiro entre os olhos, que estavam vidrados em mim, pronto, um a menos para nos incomodar,  um dos dois que estavam dando cobertura entrou correndo na casa quando ouviu o barulho do infectado caindo, foi descuido nosso, novamente a adrenalina falou mais alto e esquecemos o protocolo. Isso não irá se repetir, não sob o meu comando!

A casa por sua vez estava melhor que a outra, conseguimos alguns pacotes de arroz e feijão na dispensa, macarrão também. O freezer estava cheio de carne estragada, tive então a ideia de levarmos para planejar uma armadilha, como jogar uma salsicha para um cachorro raivoso, jogaríamos a carne estragada para os infectados para causar uma distração. Limpamos a casa e na hora de sair o cara que estava no portão berrou, "ferrou!". Os infectados já estavam ali no portão, por sorte são lerdos, um dos nossos queria atirar, "nem pensar" eu berrei, o barulho desse tiro ia ser ouvido de longe, entramos na casa e ficamos de olho neles, quando entraram no portão chamamos a atenção deles para entrarem na casa, a emboscada estava feita, dois já estavam posicionados, um em cada lado da porta e com facão em mãos. Assim que o primeiro infectado entrou na casa foi picotado pelos dois, eu e o Raison saímos pela porta dos fundos e pegamos o restante por trás, o primeiro golpe que dei com o facão abriu o cranio de um deles, que caiu no chão já sem vida, era quatro contra quatro. Quando terminamos a "limpeza" levamos os corpos para um dos quartos da casa, trancamos e saímos. 

Duas casas da rua já foram riscadas do mapa, não precisaríamos voltar mais ali. Depois de sairmos trancamos ambas as casas, já para evitar que algum infectado entre novamente em uma área que já consideramos segura.

Essa tarde faremos um treino de pontaria, preciso estar com a mira 100%.

Não esqueçam, eles não são mais seus parentes, amigos ou se quer humanos, é matar ou morrer!  
Comentários
0 Comentários

Nenhum comentário: